sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DR. JOSÉ HOMENAGEIA DR. PLÍNIO ZABEU COM TÍTULO DE CIDADÃO BARBARENSE

Vereador Dr. José e o homenageado Dr. Plínio Zabeu
O vereador José Antonio Ferreira, o Dr. José (PSDB), homenageou, nesta quinta-feira, em solenidade ocorrida na Câmara de Santa Bárbara d’Oeste, o médico ortopedista Plínio Zabeu, com o título de Cidadão Barbarense. Na cerimônia, outras 12 personalidades da cidade receberam a honraria.

“Doutor Plínio foi o primeiro ortopedista da cidade. E por muito tempo foi o único, atendendo a todos os pacientes com muita dedicação, presteza e por amor à profissão, porque sua missão é salvar vidas. Muitos barbarenses passaram pelas mãos dele no Hospital Santa Bárbara e no pronto-socorro da Santa Casa.  Sinto-me honrado em poder prestar-lhe essa simples homenagem, por tudo o que ele fez por nossa cidade na área de saúde. E prestar homenagem a uma pessoa viva, é melhor ainda”, destacou Dr. José.

“Estou muito feliz com a homenagem e agradeço ao Dr. José por isso e quero dizer que trabalhei muito por essa cidade, agora de maneira mais suave auxiliando o meu filho José Luis nas cirurgias. Quero estender a homenagem a minha esposa Claudete que tem sido o esteio da família para o desempenho profissional e a toda a nossa família que construímos juntos”, afirmou Dr. Plínio.


BIOGRAFIA



Plínio Zabeu nasceu em 14/10/1933 em São Manuel, São Paulo, neto de imigrantes italianos que vieram tentar a vida no Brasil no final de século XIX. Seus pais tiveram nove filhos e, após muitas dificuldades com a vida na lavoura, a família se mudou para Getulina, São Paulo, onde efetivamente Plínio viveu sua infância e adolescência.

Em ambiente muito humilde, seu pai criou os filhos a partir de um pequeno armazém de alimentos. Plínio se destacava nos estudos, porém Getulina só oferecia, na época, o grupo escolar, equivalente  aos quatro primeiros anos do ensino fundamental de hoje. Por volta dos 11 anos teve que parar de estudar, por falta de opção. Trabalhou com seu pai e seus irmãos, carregando caminhão, limpando o chão do armazém. Conseguiu um serviço em escritório de contabilidade onde aprendeu datilografia e noções de cálculo. Mas queria mesmo era estudar! Felizmente, após quase cinco anos de espera, a cidade abriu seu primeiro ginásio, o que lhe permitiu completar sua formação escolar básica, ainda que com alguns anos de atraso em relação à sua idade.

Sem dinheiro, houve necessidade de uma bolsa de estudos da prefeitura para que ele pudesse ir à capital, São Paulo, para fazer o científico, (o antigo colegial, ou ensino médio, como é conhecido hoje). Esta bolsa veio pelo seu desempenho escolar no ginásio, onde foi sempre o que mais se destacou. Estudou por três anos e prestou um único vestibular, em sua única oportunidade (caso não fosse aprovado, teria que voltar para Getulina e trabalhar com seu pai), para realizar seu sonho de ser médico. E conseguiu passar na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Fez com muita dedicação seus seis anos de graduação em medicina, formando-se em 1962, sustentando-se com trabalhos avulsos no pouco tempo que lhe sobrava. E, após sua colação de grau, entrou na então recentemente criada residência médica em Ortopedia e Traumatologia, na mesma instituição, onde fez os dois anos exigidos e um terceiro ano opcional.

Em 1960, durante a faculdade, conheceu a pessoa que viria ser sua esposa, com a qual já completou 53 anos de casados: Claudette. Ela estudava na Faculdade de Saúde Pública da USP, ao lado da Faculdade de Medicina, cujos estudantes, devido à reforma do refeitório da faculdade, iam até a Medicina para almoçar. E foi num destes almoços que ambos se conheceram e estão juntos até hoje. Em 1962, Plínio e Claudette se casaram, e tiveram quatro filhos: Cristina (1963), José Luís (1965), Luciana (1968) e Rosana (1972). Vida difícil em São Paulo, ambos começando a vida do zero.

Em 1965, um pediatra amigo do Plínio, Dr. Wilson Valente, o convidou para conhecer Americana. Por vários meses, Plínio foi de São Paulo a Americana, atuando inicialmente como médico geral em plantões e cada vez mais como ortopedista. A cidade já dispunha de três ou quatro médicos na especialidade, mas havia espaço de sobra para seu crescimento profissional. E a família Zabeu acabou se mudando para Americana em 1966.

Santa Bárbara d'Oeste entrou na vida do "Dr. Plínio", como sempre foi conhecido, por volta de 1966. Não havia ortopedista na cidade, o Hospital Santa Bárbara (HSB) havia sido construído pouco tempo antes, mas faltavam muitos equipamentos e estrutura para cirurgias de maior porte. Dr. Plínio começou atendendo casos de ortopedia no pronto-socorro, a maioria ligada a traumatismos e dores de todo tipo. Atendia grandes quantidades de pacientes ao dia, mais de 40, numa época que não havia SUS ou Unimed. Muitos eram pacientes sem recursos, e ele, no seu estilo simples, duro e eficiente, resolvia a maioria dos casos que lhe procuravam. Fez as primeiras cirurgias para correção de fraturas no HSB, o primeiro fêmur, a primeira drenagem de osteomielite. E foi se tornando conhecido. Os mais antigos se lembram bem das famosas "infiltrações do Dr. Plínio", que doíam muito, mas tiravam dores incapacitantes de ombros, colunas, quadris, joelhos e calcanhares. Sua formação geral em clínica e em reumatologia também lhe permitiu medicar, dentro do que se conhecia na época, pacientes com dores crônicas relacionadas a reumatismos e desgastes. Sua dedicação à cidade e ao HSB foi se tornando cada vez maior, já que, por ser o primeiro e único ortopedista na época, estava de plantão 24 horas por dia, todos os dias do ano. Quantas vezes sua família o viu sair de casa na madrugada, para tratar uma fratura exposta ou colocar no lugar um ombro que havia se deslocado.

Na década de 1970, outros ortopedistas começaram a chegar a Santa Bárbara (Drs. Adilson Basso, Flávio Saretta, Mauro Bosi), mas lá estava o Dr. Plínio, dedicando mais da metade do seu tempo profissional à cidade (a outra metade ele atuava em Americana). Ele só diminuiu um pouco o ritmo quando chegaram os ortopedistas da década de 1990 (Drs. Vicente Von Glehn, Dr. Mário de Cillo, Dr. José Luís Zabeu, seu filho). Mas continuou sempre muito disponível, inclusive fazendo consultório privado juntamente com José Luís até por volta de 2007. Pelo fato das duas netas, Giovanna e Victoria, fazerem ballet no Laboratório da Dança de Fernanda Araújo desde 1998, quantas vezes Dr. Plínio não foi levar e buscar as meninas em SBO, além de assistir aos espetáculos de dança no Teatro Manuel Lyra e depois ir comer pizza na Amici. Em vários eventos sociais no Esporte Clube Barbarense Dr. Plínio esteve presente, como os jantares italianos e alemães. E sempre manteve um relacionamento de harmonia e respeito com o demais profissionais de saúde da cidade.

Hoje, aos 81 anos, gozando de boa saúde e ótima memória, frequenta o hospital esporadicamente em cirurgias realizadas por seu filho. E conta, com carinho, histórias com as antigas freiras do hospital, o trabalho conjunto com outros tantos médicos que dedicaram sua vida à cidade (Dr. Edson Mano, Dr. Afonso Ramos, Dr. José Togeiro, Dr. Peres, Dr. Carvalho, entre outros) e os funcionários que faziam o hospital funcionar, como Dona Baiana e Dona Anita no centro cirúrgico, Sra. Maria Paulilo, Sr. Paulo Tadei, Dona Mercedes, o Elias do Rx e o Carlão do Gesso.

Santa Bárbara fez e faz parte da família criada por Plínio e Claudette, assim como o Dr. Plínio fez parte da vida de muitos cidadãos barbarenses que precisaram dele em momentos de dor.

Dr. José entrega Título de Cidadão Barbarense ao Dr. Plínio Zabeu






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