Público presente ao evento |
Além do Dr. José, participaram do evento os vereadores Alex Backer (PV), Antonio Pereira (PT), Gustavo Bagnoli (PSDB), Bebeto do Romano (PDT), Juca Bortolucci (PSDB), Careca do Esporte (PT), o vice-prefeito Anízio Tavares da Silva e representantes da APAE, AMAI – SBO, Secretaria de Educação e o público em geral.
Inicialmente, a professora Rosemeire citou marcos da educação inclusiva, abordando textos da Constituição Federal, leis e resoluções. Ela ressaltou que os municípios não estão se organizando de maneira adequada e ordenada para as mudanças previstas no Plano Nacional de Educação, que prevê que até 2020, todas as pessoas com idade entre quatro e 17 anos sejam, obrigatoriamente, matriculadas na rede regular de ensino. “Eu começo a ver ensaios em alguns municípios, mas eles não estão contemplando o que está previsto em lei há muito tempo”, observou.
Para a educadora falta organização dos municípios para estudar a questão na parte burocrática, criar comissões para articulações em suas diversas secretarias, falta fiscalização do Poder Legislativo e da própria sociedade como um todo, para implantar as mudanças previstas desde 2008. “Nós, que somos da Região Metropolitana de Campinas, uma região desenvolvida com grandes universidades e centros de pesquisas, não estamos no patamar que deveríamos estar, imagine as regiões Norte e Nordeste do país?”, indagou.
Rosemeire afirmou que o professor da rede regular de educação não tem capacidade e conhecimento técnico para atender um aluno portador de necessidades especiais, o que demanda apoio de uma equipe multidisciplinar, formado por diferentes professores e profissionais que dará o suporte adequado a ele sala de aula.
Questionada sobre o problema envolvendo as APAES (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Rosemeire foi enfática ao dizer que jamais essas entidades terão as portas fechadas. “A escola regular sempre será dependente de instituições especializadas e essas entidades prestam um excelente serviço à população”, reconheceu. A educadora informou que a partir de 2017 entidades especializadas, como as APAES, não serão mais reconhecidas como escola e não poderá mais emitir certificados. “Seria mais proveitoso que o município articulasse com as APAES, por meio das secretarias de Saúde e Promoção Social, por exemplo, uma parceria para absorver essa mão-de-obra especializada, como suporte a inclusão desse contingente de alunos na rede regular de educação”, sugeriu.
Público presente à palestra sobre inclusão |
Vereadores acompanham palestra na Câmara |
Professora Rosemeire Gomes de Abreu fala sobre políticas de inclusão na Câmara |
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